Quando ter menos no armário é ( bem) melhor

Por incrível que pareça, é verdade. A experiência, cada vez mais, me comprova isso. Ainda que, certas vezes, eu duvide e até pague- literalmente- pra ver.

O x da questão, normalmente, é o nosso condicionamento social, também conhecido como " o que os outros vão pensar". Superado esse empecilho preponderantemente mental, ter menos coisas possibilita maior liberdade, maior qualidade de vida e maior economia ( inclusive de tempo! Ou, como sabemos que tempo é dinheiro, economia dobrada!)


Todo mundo tem aquelas roupas favoritas. Aquelas que a gente gosta tanto que mal acabam de ser lavadas, já estamos vestindo de novo. Aquelas que sempre nos fazem sorrir e são recurso certo na pressa e na dúvida sobre o que vestir.Pois é...a vida de quem tem menos não é uma coisa sem graça justamente porque quem tem menos pode/ deve se permitir ter apenas roupas nessa categoria.Quando sair para fazer compras e ficar na dúvida, leve apenas a peça favorita.Dica: se vc ficou na dúvida, geralmente não é .

Não se deixe guiar apenas pelo preço, embora ele deva ter seu peso. Um coisa ligeiramente mais cara pode render muito mais do que uma "barata". Render mais em prazer, mais em horas-uso, mais em combinações. Mais em durabilidade. Ou não. Mas geralmente é isso que seria razoável exigir de algo que exige maior investimento. Por isso pense, reflita, imagine, projete. Algumas vezes vamos errar.Mas- noutras- acertamos lindamente. A prática ajuda imensamente e recompensa.Muito.


A vida com menos escolhas não é necessariamente pior. Se o leque de opções fôr menor, porém apenas entre itens indubitavelmente queridos, chamo isso de qualidade de vida! Menos dinheiro empatado em coisas que pouco se usa, mais facilidade em cuidar e achar o que se procura, maior eficiência e rapidez na hora de se arrumar, maior liberdade pessoal graças a um custo de vida menor ( que permite, inclusive, que se more com conforto num imovel menor/ de manutenção menos dispendiosa/ melhor localizado, visto que não se precisa de uma metragem substancial para o armazenamento de pertences.)


A única coisa que se precisa superar para conseguir isso é a vontade de ser como a maioria: viver comprando coisas aqui e ali, por mero hábito, impulso, diversão ou competição com os outros, muitas vezes coisas que não apenas não agregam verdadeiro valor na sua vida como até- e sobretudo- reduzem em muito sua liberdade e qualidade de vida.Estranhamente, tendemos a pensar justamente o contrário: que ter mais coisas é um ganho, quando- geralmente- é uma perda. Trocamos corriqueiramente parte da nossa vida- nosso tempo e/ ou saúde- por esses itens. Melhor então que eles sejam, verdadeiramente, poucos e queridos.


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