O único homem compartilhável festivamente com amigas chama-se CABELEIREIRO

Sexta-feira vou cortar meus cabelos com um cabelereiro talentoso ( e charmoso) que compartilho com minha amizade feminina mais antiga.Ele corta o cabelo dela de joelhos, não sabemos e muito menos questionamos os motivos dessa técnica.Ela brinca ( comigo) que paga sorrindo para ter aquele homem de joelhos por ela e sempre sai bem melhor do que entrou.

Ele jamais fez esse mesmo salamaleque para cortar os meus, no entanto não há ciúmes envolvidos. Compartilhamos esse mesmo homem tatuado de olhos verdes sempre felizes e contentes, até e inclusive com a mulher dele que trabalha no mesmo salão.Sempre sorrimos umas para as outras, temos simpatia recíproca e nos damos muito bem.O convívio é o melhor possível entre nós.Também sou cabeça-feita para dividir jubilosamente prestimosos profissionais do sexo masculino: o jovem lorde inglês que conserta a meus queridos eletrodomésticos, o dentista hilário e detalhista que zela por minha estimada arcada dentária e até mesmo o analista absolutamente impagável que cuida daquilo que sempre me dá mais trabalho.


Também compartilho amigos, por mais chegados que sejam, com sorriso de molares e nem uma pontada de ciúmes sequer.Fico genuinamente feliz quando as coisas vão bem para todos, quando as pessoas se entendem e se gostam.Chego ao cúmulo máximo de não me abalar nem um milímetro sequer mesmo com uma mãe pródiga que sempre distribuiu atenções e presentes efusivamente ao seu redor.Profissionais, amigos, até mãe ( que só tem UMA!) divido numa boa.

Só não me chamem para dividir civilizadamente homens futuros, presentes e passados quando se tratar do campo romântico-sexual, seja em que pólo fôr.Isso não inclui tão somente homens que passaram ou estão na vida de minhas amigas que venham a demonstrar interesse em mim.Inclui também amigas desapegadas que não se importem ou até incentivem.Podem até mesmo, o homem e a mulher, em uníssono, jurarem sobre a Bíblia e trazerem declaração com firma reconhecida em cartório de que não há a mínima hipótese de problema, que o que havia entre eles jaz sepulto debaixo de mil toneladas de cinza, que permanecerei impassível.

Não confundam meu gosto estético, meu pendor por um visual menos careta com a tal da " modernidade"nos relacionamentos : minha criação e meu âmago permanerão para sempre "Flinstonianos". Amém.

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